O presidente da presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (Fehofes), Fabrício Gaeede, esteve na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) nesta terça-feira (14) para falar na Comissão de Saúde da Casa sobre os desafios e avanços das instituições no Estado.
A iniciativa foi em alusão ao Dia Estadual dos Hospitais Filantrópicos, comemorado no último dia 11 de março. Em sua apresentação, Gaeede lembrou da relevância dos hospitais para a sociedade e pediu ajuda dos deputados para automatizar o repasse das emendas de custeio.
Atualmente, os filantrópicos atendem 70% de toda a cobertura hospitalar pelo SUS no estado e sofrem com o subfinancimento dos serviços realizados pela rede pública.
Segundo ele, a verba repassada às instituições pelos governos estaduais, federais e municiais cobre, em média, 60% do gasto total dos procedimentos.
“Se um parto custa R$ 1.000, o governo transfere apenas R$ 600. E as instituições precisam ‘correr atrás’ de mais R$ 400”, exemplificou.
Além disso, outra dificuldade apontada são os modelos contratuais, que seguem as prerrogativas estabelecidas pelo Ministério da Saúde (MS), com foco unicamente no faturamento, deixando a assistência ao paciente no segundo plano. “A capacidade de expansão dos filantrópicos é grande, o problema é o financiamento”, avaliou.
O presidente lembrou que o modelo de contratualização feito com o Estado em 2022 foi um avanço porque difere do padrão adotado pelo governo federal.
Gaeede pediu ajuda dos parlamentares na viabilização automática anual das emendas federais de custeio, consideradas “uma solução” para os caixas das instituições.
Ao final da apresentação, o presidente da comissão, Dr. Bruno Resende, afirmou que os deputados vão se empenhar para ajudar as instituições.
“Entendo que é papel dessa comissão estar ao lado dos hospitais e eu como presidente me coloco à disposição para levar essa pauta. Tenho certeza que o secretário [de Saúde] Miguel vai nos escutar com muita cautela e parceria”, disse.