Uma política pública destinada aos hospitais de pequeno porte (HPPs) – principalmente aos da rede filantrópica localizados no interior do estado – foi o objetivo da reunião que aconteceu na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).
Entre os participantes, estava a presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Espírito Santo (Fehofes), Vera Mantelmacher.
Segundo ela, os hospitais de pequeno porte fazem parte da rede de saúde do Estado e podem, assim como há exemplos principalmente no interior, auxiliar na demanda de atendimento à população.
Vera defendeu uma melhor definição das diretrizes e qual contribuição os hospitais podem dar para a rede de saúde.
“Assim como nós temos atenção primária, secundária e terciária, nós temos hospitais estruturantes, estratégicos de apoio, que podem compor uma rede”, afirmou.
A presidente da Fehofes lembrou que os leitos desses hospitais de pequeno porte podem ser usados com contrato com a Sesa para que essas instituições consigam sustentabilidade.
Em sua fala, Vera lembrou ainda que a Fehofes tem atuado junto às instituições para que os gestores se capacitem para fortalecer e aprimorar a administração dos hospitais.
“A gente identificou desde o ano passado a necessidade de promover cursos profissionalizantes para os dirigentes dos hospitais, em parceria com a Associação dos Voluntários da Saúde. Foram 10 meses de capacitação e agora estamos começando, dia 27 de novembro, o curso de controladoria hospitalar. É uma forma também de a Federação contribuir no desenvolvimento das lideranças, e isso também impacta diretamente na gestão hospitalar e no desenvolvimento de suas atividades”, destacou.
Segundo o presidente da Comissão de Saúde, deputado Dr. Bruno Resende (União), há mais de mil leitos de baixa complexidade disponíveis nesses hospitais, prontos para serem contratados pela Sesa.
De acordo com o parlamentar, o aproveitamento desses leitos ajuda a descentralizar o atendimento. Ele deu como exemplo casos de pessoas em cuidados paliativos, internadas em cidades distantes de suas casas e que poderiam estar utilizando essas vagas para ficarem mais próximas de suas famílias.